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Flores de cerejeira
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"Envelhecer é o destino de todos, mas é muito difícil envelhecer e de entendê-lo como objetivo."

Dra. Silvana Coelho Nogueira

Doença de Parkinson

  • Foto do escritor: silgeriatria
    silgeriatria
  • 8 de nov. de 2023
  • 3 min de leitura

Saiba mais sobre essa doença neurológica tão comum



Mãos de idoso segurando bengala

A doença de Parkinson é uma doença neurológica comum, degenerativa e progressiva que atinge mais homens que mulheres, especialmente depois dos 50 anos de idade. Quanto maior a idade, maior a chance de surgir. A doença não é contagiosa e ainda não possui um tratamento efetivamente curativo.


Muito conhecido por causar tremor nas mãos, pode gerar uma série de outros sintomas comprometendo o funcionamento intestinal, a capacidade de sentir cheiros e levar a perda da capacidade de andar sem ajuda, o que afeta e muito a qualidade de vida.


A causa da doença de Parkinson é múltipla, uma soma de predisposição genética, vulnerabilidade dos neurônios, exposição a fatores externos como agrotóxicos, exposição a metais pesados e solventes. Ela acontece pela degeneração das células situadas em uma região do cérebro chamada substância negra. Essas células produzem dopamina, uma substancia que conduz as correntes nervosas (neurotransmissores) pelo corpo. A falta ou diminuição da dopamina afeta os movimentos do paciente e provoca uma série de outra sintomas.


A doença foi descrita pela primeira vez em 1817 pelo médico James Parkinson e ela não é a causa mais comum de tremor como a maioria das pessoas pensam.


Sinais e sintomas da doença de Parkinson


A doença de Parkinson apresenta manifestações motoras e não motoras.

As motoras são as mais conhecidas. São elas:

  • Tremor nas mãos: conhecido como tremor em "contar moedas", normalmente aparece em repouso e de modo não intencional;

  • Lentidão em realizar movimentos;

  • Rigidez: movimentação lenta e em bloco;

  • Instabilidade postural: dificuldade em manter sua postura de forma equilibrada. Normalmente, pessoa não consegue se defender de uma queda se alguém tropeçar nela ou diante de um evento inesperado.

As manifestações não motoras são menos conhecidas e costumam vir antes das alterações motoras. Algumas delas:

  • Diminuição do olfato;

  • Depressão;

  • Constipação intestinal;

  • Movimentações anormais durante o sono- parece que está dando socos ou mexe as pernas como se estivesse correndo;

  • Aumento de salivação;

  • Dermatite seborreica, a caspa;

  • Diminuição de cognição;

  • Suores em excesso.


Como diagnosticar a doença de Parkinson?


O diagnóstico ainda é realizado pela avaliação clinica e um exame neurológico apurado. Não há um teste específico. Alguns exames de sangue e de imagem cerebral como tomografia computadorizada de crânio ou ressonância magnética de crânio devem ser solicitados para afastar outras causas que justifiquem os sintomas.


Para diagnosticar a doença de Parkinson é necessário a presença de lentidão dos movimentos, chamada de bradicinesia e rigidez muscular ou tremor de repouso.


Como tratar a doença de Parkinson?


O tratamento para doença de Parkinson é múltiplo, associando medicamentos e estimulações com profissionais de saúde. Existem ainda tratamentos invasivos como a colocação de um marcapasso cerebral e algumas cirurgias.


A terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia são áreas da saúde muito importantes no tratamento. A terapia ocupacional ajuda na rotina adaptando utensílios e aparelhos para o uso no dia a dia como escovas de dente ou talheres, facilitando o uso. A fisioterapia trabalha força muscular, equilíbrio, prevenção de quedas e a fonoaudiologia trabalha a fala e a capacidade de engolir, deglutir a alimentação.


O tratamento medicamentoso se baseia principalmente na reposição da dopamina que está em falta no cérebro do portador de doença de Parkinson. Essa reposição se dá pelo uso de Levodopa, que se transforma em dopamina no cérebro. Essa reposição melhora os sintomas motores e deve ser introduzido por um médico.


Outras medicações como pramipexol, amantadina, entacapone podem ser associados para amenizar os sintomas da doença a longo prazo. O canabidiol tem sido estudado para uso em alguns pacientes com doença de Parkinson já mais avançada e parece promissor.


O marcapasso cerebral tem sido cada vez mais utilizado no Brasil e serve especialmente para reduzir o tremor em pacientes que não apresentam boa resposta ao tratamento farmacológico.


As cirurgias tem sido cada vez menos usadas e consistem em lesões no núcleo pálido interno (Palidotomia) ou do tálamo ventro-lateral (Talamotomia), que estão envolvidos no mecanismo da rigidez e tremor.





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