Idosos podem tomar a vacina para Dengue?
- silgeriatria
- 18 de jan. de 2024
- 3 min de leitura
Saiba mais sobre a vacina contra dengue, suas vantagens e aplicações.

A dengue é transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti e muito comum no Brasil. No ano passado, segundo a Organização Mundial de Saúde, houve mais de 2 milhões de caso de dengue no mundo inteiro. O Brasil vem sendo muito afetado pela dengue, especialmente em virtude do aumento do volume de chuvas decorrente de fenômenos climáticos como o "El Nino".
No fim de 2023, o Ministério da Saúde no Brasil anunciou a incorporação de uma das vacinas existentes contra dengue ao programa nacional de imunização (PNI). A vacina conhecida como Qdenga da indústria farmacêutica Takeda foi a eleita pelo Ministério.
Saiba mais sobre a Dengue
A dengue é uma infecção por arbovírus, a mais comum das arboviroses. As outras doenças da família das arboviroses são a também comum Chikungunya e a Zika. Quatro tipos de vírus podem causar a dengue e isso interfere nas suas manifestações clínicas que variam de sem sintomas e até mesmo quadros graves com necessidade de internação em unidade de terapia intensiva.
Sintomas
Normalmente, os sintomas surgem de 2 a 7 dias após a picada do mosquito e a entrada do vírus na corrente sanguínea. Os sintomas mais comuns são: febre alta, dor de cabeça especialmente atrás dos olhos, dor nas articulações e músculos, vômitos, e surgimentos de pontos vermelhos pela pele, o chamado "rash " cutâneo, mais comum na face, tórax.
Além desses sintomas, quadros mais severos podem levar a sangramentos espontâneos, inclusive nas urina e no intestino, dor abdominal e ate mesmo alteração de consciencia e diminuição de pressão com necessidade de suporte intensivo, o chamado choque hemorrágico.
Diagnóstico
O diagnóstico envolve a confirmação laboratorial seja por sorologia, teste rápido positivo ou pelo isolamento do próprio vírus em material biológico. Muitas vezes, os exames demoram até 5 dias para tornar-se positivo.
Outros exames laboratoriais também podem apresentar alterações:
Diminuição de plaquetas
Diminuição dos leucócitos
Elevação nos valores das enzimas hepáticas, a aspartato aminotransferase e a alanina aminotransferase- AST e ALT;
Em quadros graves, outras alterações hepáticas com sinais de falência de função do fígado podem ocorrer.
Tratamento
Não existe medicação específica contra a dengue. A partir do diagnóstico, aumentar a hidratação oral é primordial e usar medicações que aliviam os sintomas.
Analgésicos como paracetamol e dipirona são seguros e podem ser administrados em horários fixos para aliviar febre, dores e fadiga. O maior cuidado é não usar medicações que afetam a função ou o número de plaquetas como aspirina, que podem complicar ainda mais as consequências da dengue no sangue.
A vacina para dengue
O melhor meio para amenizar as consequências da dengue é prevenir a infecção. Há muito, os países tropicais como o Brasil tentam conscientizar a sua população com medidas para diminuir a proliferação do mosquito Aedes Aegypti como água parada em utensílios, vasos e afins, limpar o terreno de suas casas e higienizar o ambiente que vivem. Com o surgimento das vacinas, surge a esperança de modificar esse cenário de modo mais efetivo.
Existem duas vacinas de fabricantes distintos, a Qdenga e a Dengvaxia. A Qdenga foi eleita pelo Ministério da Saúde para o programa nacional de imunização. Ela é uma vacina de vírus vivo e, portanto, deve ser usada com cuidado em determinadas populações. A recomendação é que pessoas de 9 a 60 anos de idade podem receber a imunização. Portanto, não é indicada acima dos 60 anos e idosos acima dessa idade NÃO podem ser imunizados.
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