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Flores de cerejeira
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"Envelhecer é o destino de todos, mas é muito difícil envelhecer e de entendê-lo como objetivo."

Dra. Silvana Coelho Nogueira

O que é Doença de Alzheimer?

  • Foto do escritor: silgeriatria
    silgeriatria
  • 31 de ago. de 2023
  • 3 min de leitura

Todos os detalhes sobre a doença de memória mais comum no mundo



Representação de um pequeno cerebro em uma mão

A Doença de Alzheimer (DA) foi descrita inicialmente em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, de quem herdou o nome. Ele descreveu uma paciente com perda de memória e dificuldade em reconhecer pessoas e coisas. Além da descrição do que o paciente sentia, o Dr. Alzheimer descreveu, no cérebro do paciente, duas das principais características internas da doença: a perda de neurônios e emaranhados neurofibrilares (ENFs).


A Doença de Alzheimer é uma doença neurológica, progressiva e que continua sem cura até hoje, mas que tem passado por momentos animadores com a descrição de novos tratamentos.


Hoje, a DA é o tipo mais comum de demência no mundo todo.


As demências são doenças que levam a perda do entendimento, memória, reconhecimento de pessoas e objetos e afeta a capacidade de executar tarefas do dia a dia.


Características



Ela lentamente desgasta a memória, especialmente a capacidade de reter informações novas. Depois, vai progredindo até que atinge a autonomia e independência da pessoa.


Sua instalação é lenta. Aparecimentos rápidos de perda de memória ou confusão mental, normalmente não são por essa doença.


Ela pode atingir:

  1. Orientação no tempo - a pessoa deixa de saber que dia, mês ou ano

  2. Orientação no espaço- comumente se perdem até dentro de casa

  3. Diminuição do vocabulário e capacidade de falar com desenvoltura

  4. Esquecimento de algo recente, seja algo que aconteceu ou uma história contada

  5. Dificuldade de executar tarefas simples como cozinhar por exemplo


Idoso com bengala olhando pela janela

Fases

A doença de Alzheimer apresenta 4 fases. A fase pré-clinica, leve, moderada e avançada.


As fases são divididas de acordo com a evolução dos sintomas.


  • Fase pré- clinica : normalmente, a doença não é percebida nessa fase. Ela é chamada "pré", pois os sintomas são poucos e podem ser confundidos com outras doenças ou com envelhecimento normal. Acontece bem antes do quadro clássico, mas já há alteração no cérebro e sua estrutura;


  • Fase leve: dificuldade de guardar informações novas, muita repetição de perguntas e histórias, dificuldade para fazer duas tarefas ao mesmo tempo como cozinhar e falar ao telefone. Lidar com movimentações financeiras e lembrar que dia é hoje também ficam mais difíceis


  • Fase moderada: difícil lembrar nomes de pessoas próximas, terminar uma tarefa, dificuldades com cálculos e números ficam mais evidentes. Comumente, aparecem nessa fase delírios, alucinações ou comportamentos agressivos e deprimidos.


  • Fase avançada: dependência total de outras pessoas, a memória está fragmentada, as palavras ficam reduzidas a poucas por dia, normalmente surge incontinência de urina e fezes, uso de fraldas. Andar e engolir ficam mais difíceis. Normalmente, ficam acamados nessa fase.


Tratamento


O tratamento ainda não traz a cura, mas pode trazer mais qualidade de vida e diminuir o impacto dos problemas no dia a dia. Ele se divide em medicamentoso e não medicamentoso.


  • Não- medicamentoso

Várias terapias podem ajudar. Estímulos com profissional terapeuta ocupacional, manter atividades física regular, tomar sol, uma alimentação equilibrada rica em Omega 3 e alimentos com antioxidantes são alguns dos tratamentos que ajudam a pessoa com Doença de Alzheimer.

Manter a rotina de horários também é muito importante.

  • Medicamentoso

Os medicamentos especificamente usados para Doença de Alzheimer são de 3 tipos: os inibidores de acetilcolinesterase, memantina e a terapia anti-amilóide, a maior novidade dentre os tratamentos.

Os inibidores de acetilcolinesterase disponíveis são: rivastigmina, donepezila e galantamina. Eles inibem a degradação da acetilcolina, substância cerebral situada no sistema responsável pelo aprendizado e memória. As versões são em comprimidos, cápsulas, suspensão oral( rivastigmina) e adesivo transdérmico (rivastigmina).


A memantina é utilizada em fase moderada da doença, especialmente como um apoio aos inibidores de acetilcolinesterase.


Já a terapia anti-amilóide é uma nova classe de medicamentos que tenta agir no cérebro diminuindo o depósito das substâncias amiloides que atrapalham o funcionamento cerebral. É indicado em fase pré-clinica ou leve e ainda está chegando ao mercado brasileiro. Os dois medicamentos disponíveis são aducanumab e lecanumab. São injeções para uso venoso.


Fonte:




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