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Flores de cerejeira
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"Envelhecer é o destino de todos, mas é muito difícil envelhecer e de entendê-lo como objetivo."

Dra. Silvana Coelho Nogueira

Ouvir menos piora a memória

  • Foto do escritor: silgeriatria
    silgeriatria
  • 9 de set. de 2023
  • 2 min de leitura

Atualizado: 30 de set. de 2023

Perder a audição aumenta as chances de desenvolver problemas de memória

Idoso com headphones

A audição é um dos cinco sentidos e, juntamente com o tato, olfato, a visão e o paladar responde pela interação do ser humano com o mundo ao seu redor. Ouvir bem permite não somente a interação com outras pessoas, mas com o ambiente, servindo como proteção contra riscos a vida . Ouvir o freio de um carro ou o grito de alguém ativa o sistema de alerta e prepara a pessoa para que se defenda.


Em 2020, uma comissão da revista científica americana Lancet apontou uma outra questão muito importante, perder a audição aumenta o risco de perder a memória.


Ouvir menos e o funcionamento do cérebro


A perda auditiva força o cérebro a trabalhar mais para conseguir ouvir e entender o que ouve. Com o envelhecimento, essa perda costuma aparecer, é a chamada presbiacusia, "eu escuto, mas não entendo". Normalmente, para que um idoso ouça ele deve estar de frente para quem fala e usa outros recursos, como a leitura labial para entender o que escuta.


Esse processo afeta os sistemas de pensamento e memória. Outra questão é que ouvir menos diminui os estímulos cerebrais e contribui para o encolhimento das áreas cerebrais.


Ouvir menos aumenta o isolamento social


Perder a audição torna as pessoas menos engajadas socialmente, já que ouvir é o ponto básico para a interação entre pessoas que nasceram sem problemas nesse sentido. Interação social gera rede social de apoio por manter amigos e familiares por perto. Ter amigos e familiares por perto gera bem-estar e acolhimento, diminuindo a chance de depressão e estimulando as pessoas intelectualmente.


Além disso, não ouvir bem pode gerar constrangimento social ou até mesmo medo de sair deixando as pessoas mais reclusas em suas casas, o que contribui e muito para o aumento do risco de desenvolver demências.


Relação direta entre perda de audição e desenvolvimento de demências


Nesse mesmo estudo da Lancet, a perda de audição foi considerada o fator de risco mais importante para quadros demenciais. Estima-se que seja responsável por 8% dos casos diretamente. Isso significa que a perda de audição sozinha responda por 800.000 casos dos quase 10 milhões de casos diagnosticados a cada ano.



Assim, se houver sinais de perda de audição, como ouvir televisão no volume máximo, o idoso deve procurar o médico para avaliação e tratamento.





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